O ensino de Ciências contribui para que o aluno seja capaz de conhecer e cuidar do próprio corpo, optando por hábitos e formas saudáveis, valorizando assim sua vida e do coletivo. Porém, lidamos diariamente com alunos que possuem dificuldades de aprendizagem e uma grande dificuldade de compreender conceitos, e assim entender a essência do aprendizado teórico. Ao trabalharmos por quatro anos com alunos do sexto ano como docente da disciplina de Ciências, verificamos que, ao tratarmos de assuntos e conceitos relacionados à água, desperta-se muito o interesse dos mesmos quanto à sua utilização de forma consciente e também os impactos de natureza antrópica, sua contaminação, o mal uso, e o papel de cada um em sua preservação, sendo a ocorrência de algumas doenças o ponto mais alto das aulas desta disciplina. Nosso interesse foi propor uma forma alternativa de ensino, de caráter lúdico, para o conteúdo relacionado às doenças de veiculação hídrica, em especial as enteroparasitoses, com o objetivo de contribuir para uma a aprendizagem dos alunos quanto à necessidade ingestão de alimentos corretamente higienizados, ao conhecimento da realidade do distrito onde moram e as possibilidades de intervenção na realidade atual. Nosso objetivo foi confeccionar, aplicar e avaliar um jogo de tabuleiro no formato Banco Imobiliário que contemplou o distrito onde a escola se encontra inserida, em uma turma do sexto ano com um total de 30 alunos, no ano de 2018. Verificamos que jogo promoveu um bem estar entre os alunos. Os aspectos conceituais no que se referiam à doença dengue foram bem fixados, o que não foi observado em outros, como ascaridiase e ancilostomose. Já os aspectos atitudinais e procedimentais foram amplamente contemplados e bem recebidos pelos alunos, o que nos leva a crer o jogo pode contribuir na formação cidadã dos discentes.